Tá na hora de apagar a velinha, ops, ninguém percebeu... os 70 anos do Cavaleiro Negro

 2009-04-26 10:03

Por: Pedro "Gigante" Carvalho

 

Nascido em 1939, um dos maiores simbolos da sobrevivencia ao Macartismo, um dos maiores pseudo-heróis da história (como diria minha cara colega Ísis "Cinnerd"), o de maior bilheteria dos cinemas, completou este mês (18/4) 70 anos!!! Sim, ele mesmo, BATMAN.

Esse herói que já contou com grande nomes no roteiro - de Grant Morrison a Alan Moore - e grande artistas - como Alex Ross, Jim Lee, entre outros - chega ao século 21 em boa forma, sendo eternamente explorado no holocausto artistico em prol do capitalismo. E mesmo tornando-se mais um enlatado blockbuster de hollywood ainda faz muita gente se arrepiar com a risada mais insana de um dos melhores - se não o melhor - vilões da história: o Coringa, atualmente imortalizado na imagem de Heath Ledger, e duvido que alguem faça melhor pelos próximos 50 anos - como diria Chico Anísio "Talentos assim só surgem de 50 em 50 anos, as vezes se tornam únicos".

Demonstrando que ainda terá longa vida nos quadrinhos, nos games, ou em qualquer outra mídia que possa gerar renda, Batman, segue em frente, e a Panini lançou a dobradinha Batman/Spirit em comemoração aos 70 anos do Cavaleiro Negro. Além disso em BATMAN #681, Bruce Wayne está supostamente morto e discutis-se então a sua sucessão...mas como nos quadrinhos tudo pode acontecer...

Enfim, não vou desejar vida longa a este pobre coitado cuja imagem vem sendo explorada desde tempos imemoriais. O máximo que posso fazer, é desejar-lhe histórias dignas e coesas, nada mais que isso. Abaixo segue um presentinho que achei por aí na net.

Galeria de imagens: Acesse aqui.

Até +!

Pedro "Gigante"

 

Vídeos por: Guilherme "Insano" Nascimento

Logo do Batman através dos anos.

 

Dark Knight Anime

Batman - Cavaleiro das Trevas / Trailer

Marvel terá série de heroínas inspirada na série Sex and The City

2009-04-15 16:08
 

Fonte original: https://br.noticias.yahoo.com/s/15042009/48/entretenimento-marvel-tera-serie-heroinas-inspirada.html

Joe Quesada, editor-chefe da Marvel Comics anunciou em seu blog no MySpace o lançamento de um novo projeto da editora: "Marvel Divas". A minissérie terá quatros capítulos e será escrita por Roberto Aguirre-Sacasa, que descreveu a história em quadrinhos como "Sex and The City no Universo Marvel".

A história reúne as heroínas Gata Negra, Felina, Flama e Fóton. "Elas são um quarteto inesperado de amigas com duas coisas em comum: todas têm vidas duplas e problemas no amor", afirmou Aguirre-Sacasa.

Segundo ele, a série também pretende falar de questões mais profundas. "A série também vai falar do que realmente significa ser uma mulher em um mundo dominado por testosterona e armas (e falo tanto do mercado de super-heróis quanto do de quadrinhos)", completa.

O desenhista da série será o croata Tonci Jonzic, e as capas serão ilustradas por Scott Campbell.

WATCHMEN - Sobre adaptação, história e personagens...

Por: Thiago "Teclado" Campos Mello

 

  DIÁRIO DE THIAGO.

  10 DE ABRIL DE 2009.

  Hoje, morreu um comediante.

     E, finalmente, vamos falar de Watchmen a Graphic Novel (GN) - sim, isso NÃO É uma HQ, porra! explicações detalhadas ao final do artigo - mais importante/foda/sarcástica/incrivel e bem escrita por Alan Moore, o mestre dos roteiros de HQs/GNs. E me desculpem todos os adjetivos.

    Andei lendo uns artigos em blogs, sites e afins. Alguns falaram bem, outros mal, normal no "Cinebusiness". Mas o que me deixou realmente chateado é que QUASE ninguém salientou o fato de que Watchmen FOI A MELHOR ADAPTAÇÃO DE HQ/GRAPHIC NOVEL para a telona desde que isso começou. Sim, definitivamente a melhor. Afinal, vamos convir que Ben Affleck não lembra em nada o Demolidor, assim como o raquitico Peter Parker do cinema não lembra em nada o Homem-Aranha parrudo do desenho e hqs originais, tal como o Ciclope babaca e tampinha do filme dos X-men não lembra em nada o Ciclope parrudão e cheio de atitude dos desenhos e da hq. Enfim...vamos ao que interessa...

Antes de continuar, quero esclarecer uma coisa: Watchmen NÃO É uma revista de super-heróis/vilões/bem/mal. Esses conceitos não cabem nas histórias de Alan Moore! Por tanto, antes de ler qualquer história de Alan Moore esqueça esses conceitos gastos (do contrário terá de chamar um estuprador-assassino de herói, mas a frente você entenderá o que quero dizer com isso...)

 

  • SITUANDO O LEITOR: UM MEGA-E-POBRE-RESUMO DA HISTÓRIA ORIGINAL:

A trama de Watchmen  se passa no contexto da Guerra Fria, em 1985 nos EUA. A trama acaba por envolver a primeira e a segunda geração de Vigilantes (pessoas fantasiadas que acabavam cumprindo o dever da polícia, prendendo criminosos). A história começa com o misterioso assassinato de um deles. Watchmen retrata esses vigilantes como indivíduos reais e palpaveis com seus próprios problemas - psicológicos, éticos, pessoais. Pessoas que possuem defeitos e qualidades como qualquer outra. Talvez o mais importante seja o fato de que eles matam/morrem, são mais "humanos".

  • OS PERSONAGENS:

Como estou com preguiça de escrever, recorri ao Wikipedia para falar das personagens, até porque desse modo mantenho minha "imparcialidade" ao descrever as personagens...

As personagens principais da série são:

  • Comedian (Edward Blake) ou "Comediante" na versão em português: um homem que reconhece o horror presente nas relações humanas e se refugia no humor. Para o personagem, a ironia é, em vários momentos, um reflexo amargo da percepção desse horror. Adaptado do Pacificador, com elementos inspirados em Nick Fury. Edward Blake é cínico e violento, sua "alma de militar" o leva a cumprir seus objetivos muitas vezes a um custo alto.

                Minha opinião: O Comdiante é mostrado como um estuprador e assassino ora através de cenas, ora através de falas e lembranças de outras personagens da história. Apesar disso, os serviços prestados pelo Comediante a sociedade e ao governo não podem ser ignorados. Para mim um personagem nojento, no entanto, o mais realista.

  • Dr. Manhattan (Jonathan Osterman): o "homem-deus", que vê a vida como apenas mais um fenômeno do cosmo. Dr. Manhatan era um cientista nuclear, acidentalmente desintegrado em uma experiência. Aos poucos seus átomos se unirem novamente e volta à vida, mas de uma maneira diferente. Surge como um ser sem sentimentos, consegue ver átomos e moléculas, controla a matéria e ainda conseque ver seu próprio futuro a todo instante. Na história se torna o grande trunfo dos Estados Unidos na área militar e tecnológica. Durante a saga Dr. Manhatan vai perdendo aos poucos sua humanidade, se tornando um ser sem sentimentos e que enxerga apenas reações químicas. Adaptação do Capitão Átomo;

                Minha opinião: Apesar de não ser a personagem mais interessante, é quem possui as frase de efeito mais interessantes depois de Rorschach. Uma personagem necessária para o acontecimento de coisas "fantásticas" já que os Vigilantes são pessoas comuns sem super poderes.

  • Nite Owl I (Hollis Mason) ou "Coruja": tornou-se um vigilante inspirado nas HQs e na literatura pulp. Era alguém com um forte senso de dever, e que ansiava por relações mais ingênuas, onde o bem e o mal estivessem bem definidos. Adaptado do primeiro Besouro Azul (Dan Garret);

                 Minha opinião: A clara representação do herói padrão e que serve para a criação de mais heróis padrões.

  • Nite Owl II (Dan Dreiberg): um intelectual rico, solitário e retraído. Adaptado do terceiro Besouro Azul (Ted Kord), com elementos do Batman. É um expert em tecnologia avançada e possui vários equipamentos especiais que usa contra o crime.

                Minha opinião: Produto da personagem acima. Além disso, rico que não tem o que fazer é f***.

  • Ozymandias (Adrian Veidt): um visionário brilhante e ególatra movido por um obscuro senso de dever. Seu codinome vem de um poema de Percy Bysshe Shelley, que descreve a estátua do rei Ozymandias esquecida no deserto. É um bilhionário excêntrico, considerado o homem mais inteligente do mundo. Sua inteligência é tamanha que o torna exímio atleta e lutador, consegue desviar de balas pois calcula a trajetória na hora do disparo. Adaptado do Thunderbolt;

                Minha opinião: Talvez o ser mais próximo dos "super poderes". Bilionário que não tem o que fazer é 2 milhões de vezes f***. Ele lembra bem Lex Luthor (Parentes?) e repare, ele não tem um mordomo para auxilia-lo, rsrs. Brincadeirinha.

  • Rorschach (Walter Kovacs): personagem enigmático, pessimista e com muita força interior, é incapaz de se relacionar normalmente com a sociedade. Projeta na luta contra o Mal seu senso de solidariedade e constrói sua própria moral. Rorschach é um psicopata às avessas, considerado o terror do submundo e um fugitivo da justiça. É ele quem move o enredo e todos os personagens desde o começo da saga, ao perceber que um complô está em andamento. Adaptado do Questão;

                Minha opinião: Também conhecido como Manchinha. A personagem MAIS interessante da história toda. É dele as frases mais reflexivas, não sendo necessariamente impactantes. Além disso é o mais complexo de todos. Sua história no cinema foi mal contada. Paciência.

  • Silk Spectre I e II (Sally Juspeczyk e depois Laurie Juspeczyk) ou "Espectral": Laurie é uma mulher forçada a viver à sombra do pragmatismo de sua mãe. É ex-mulher do Dr. Manhatan e mantém com ele uma certa cumplicidade. Adaptadas da Sombra da Noite, com elementos da Lady Fantasma e Canário Negro.

                 Minha opinião:  A representação clássica de mulher discriminada. Não da pra saber se Alan Moore estava criticando a discriminação à mulher ou se ele estava discriminando-as, rs. O que ele tentou fazer, não sei. Ao ler Watchmen pela primeira vez me perguntei qual era a utilidade delas - além de protagonizar cenas de sexo, usar uma micro roupa, e mostrar que a escova/chapinha/laquê no cabelo delas era um conjunto no minimo poderoso para que não ficassem descabeladas durante seu trabalho. Ao ler Watchmen pela 10ª vez, me fiz as mesmas perguntas... conseguem perceber o que quero dizer?

 

  • A ADAPTAÇÃO DA HISTÓRIA PARA O CINEMA:

Sou meio suspeito para falar, já que sou fã de Alan Moore. Mas para quem leu (e releu) a GN desse gênio, há de concordar que a adaptação da história foi um lixo. Não pela modo como foi feito, mas porque ela foi totalmente mal contada. Partes importantes da história, como as críticas feitas por Alan Moore sobre a sociedade e como o caso de Rorschach mudou a vida de uma das personagens, foram ocultadas. Mas apesar de tudo, os caras arrebentaram em fotografia, cenário e estética. A ambientação era bem a cara da época em que se passa a história (idos de 1985). Os atores escolhidos eram "clones" das personagens da história original (exceto o Veidt, mas nada é perfeito, né.). E alguns fizeram estardalhaço só porque deixaram o membro azul do Dr. Manhattan de fora, e nem era tão grande assim(!).

No somatório geral, com seus erros e acertos, Watchmen foi a melhor adaptação até agora. Espero que os estúdios se inspirem nesse clássico e passem a fazer adaptações descentes das histórias!

 

ESCLARECIMENTOS: SOBRE HQs e GRAPHIC NOVELS: Todo mundo sabe o que é uma Hq, certo? Uma Graphic Novel é, em tese, o oposto das HQs, pois ela tem uma história com inicio, meio e fim e que não é ciclica ou retomavel (quantas histórias de Batman, Superman e cia vocês já não leram, hum?). Além disso, costumam ser histórias mais complexas (não desmerecendo a complexidade de algumas HQs, é claro)

 

Eddie Campbell lançou um manifesto em 2004 para efetivar o fato de que uma "graphic novel" é mais o produto de um artista, e que o termo seria melhor empregado para descrever um movimento artístico. Eis o texto completo, traduzido para português:

 

Há tanta discordância – entre nós – e mal-entendidos – no grande público – em torno do “romance gráfico”, que já é tempo de assentarmos uns quantos princípios.

1. “Romance gráfico” é um termo desagradável, mas utilizá-lo-emos seja como for, para compreendermos que gráfico não tem nada a ver com design gráfico e que romance não tem nada a ver com os romances (tal como “Impressionismo” não é um termo verdadeiramente aplicável pois foi utilizado em primeiro lugar como um insulto, e depois adoptado a modo de provocação).

2. Como não nos estamos a referir de maneira alguma ao tradicional romance literário, não defendemos que o romance gráfico deva ter as mesmas dimensões nem o mesmo peso físico. Assim, termos suplementares como “novela” ou “conto”, etc., não serão aqui empregues, e só servem para confundir os públicos em relação ao nosso fito (ver abaixo), levando-os a pensar que é nossa intenção criar uma versão ilustrada de um determinado nível de literatura, quando na verdade temos bem melhor para fazer, a saber, estamos a criar uma arte completamente nova que não será limitada pelas regras arbitrárias de uma outra velha arte.

3. O “Romance gráfico” representa mais um movimento do que uma forma. Por isso podemos falar de “antecedentes” do romance gráfico, como os livros de xilogravuras de Lynd Ward. Porém, não nos interessa utilizar o termo retrospectivamente.

4. Apesar do romancista gráfico considerar os seus vários antecedentes génios e profetas, sem o trabalho dos quais não poderia ter criado o seu próprio trabalho, não deseja colocar-se permanentemente à sombra do Rake’s Progress de William Hogarth sempre que ganha algum grama de publicidade, quer para si quer para a sua arte em geral.

5. Uma vez que o termo se refere a um movimento, a um evento contínuo, mais do que a uma forma, não há nada a ganhar com uma sua definição ou “medição”. O conceito tem cerca de trinta anos, apesar de tanto este como o nome terem sido utilizados casualmente desde uns dez anos antes. Uma vez que se encontra ainda em crescimento, é bem possível que se tenha alterado totalmente por este mesmo período do ano que vem.

6. O fito do romancista gráfico é pegar na forma da revista de banda desenhada [comic book], que agora apenas nos envergonha, e elevá-la a um nível mais ambicioso e mais significativo. Isto implica normalmente aumentar-lhe o tamanho, mas devemos acautelar-nos para não entrar em disputas sobre quais são os tamanhos aceitáveis. Se um qualquer artista apresentar uma colecção de pequenos contos como o seu novo romance gráfico (tal qual Will Eisner fez com A contract with God, por exemplo), não devemos entrar em picuínhices. Devemos apenas examinar se esse romance gráfico é uma boa ou uma má série de histórias. Se o artista ou a artista utilizar personagens que apareceram noutro sítio, como a presença de Jimmy Corrigan (Chris Ware) em títulos que não o principal, ou as de Gilbert Hernandez, etc., ou até mesmo outras personagens que não desejamos que façam parte da nossa “sociedade secreta”, não os desconsideraremos por essa simples razão. Se o seu livro já não se parecer de modo algum com banda desenhada, também não entraremos em picardias. Basta que nos perguntemos se esse trabalho aumenta ou não a totalidade do conhecimento humano.

7. O termo romance gráfico não será empregue como indicativo de um formato comercial (tal como os termos “brochado” e “cartonado”). Poderá tratar-se de um manuscrito inédito ou apresentado em episódios ou partes. O mais importante é o intuito, mesmo que este surja após a publicação original.

8. Os temas dos romancistas gráficos são toda a existência, inclusive as suas próprias vidas. Os artistas desprezam os “géneros” e todos os seus clichés horrorosos, apesar de conservarem uma perspectiva alargada. Ressentem particularmente a noção, ainda prevalecente em muitos sítios, e não sem razão, de que a banda desenhada é um subgénero da ficção científica ou da fantasia heróica.

9. Os romancistas gráficos jamais pensariam em empregar o termo romance gráfico quando se encontram entre os seus pares. Referir-se-iam mais normalmente ao seu “último livro” ou o seu “trabalho em curso”, ou “a mesma treta de sempre”, ou até mesmo “banda desenhada”, etc. O termo deve ser empregue como uma insígnia ou uma bandeira velha que se vai buscar ao ouvir o apelo de batalha, ou quando se o tartamudeia ao perguntarmos pela localização de uma certa secção de uma livraria que não conhecemos. Os editores poderão utilizá-lo as vezes que assim entenderem, até que signifique ainda menos do que o nada que já significa.Mais, os romancistas gráficos têm bem a noção de que a próxima geração de artistas de banda desenhada escolherão formas o mais pequenas possível e que farão pouco da sua arrogância.

10. Os romancistas gráficos reservam o seu direito a retratar-se de todas as alíneas anteriores, se isso os ajudar a vender mais.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Graphic_novel

É isso pessoal, até mais.

Na proxima semana falo do filme, na coluna Cinema.

Um forte abraço a todos.

 

The world will look up and shout "Save us!"... And I'll whisper "No."

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